segunda-feira, 9 de março de 2009

16 anos e uma boa dose de frustrações.

Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar. Não tivemos grande guerra, não tivemos grande depressão. Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida.

Nos debatemos em busca de um propósito que nem sequer sabemos. O objetivo da nossa geração é fútil, mesquinho, é status. Geração castrada, inerte e impotente. Lutamos por dinheiro, lutamos para conseguirmos ser ao menos um escravo de gravata, cuja vida é tão vazia quando a fortuna que podemos vir a ter.

Somos as crianças da queda do muro, do fim da guerra fria, de um mundo dito livre. Não temos regimes ditatoriais, mas quase sem perceber, somos empurrados por forças muito sutis e poderosas a um cubículo qualquer em um escritório qualquer, levando uma vida burocrática em busca de um estereotipo falso no nosso mundo de falsa liberdade.

Descobrimos que não seremos heróis, que não seremos poetas, descobrimos que não temos muita saída, e que amanha temos que acordar, calar e consentir. A mente é livre, livre de mais para entrar no cubículo, mas ela está sendo moldada

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